Resenha do filme Godzilla Minus One (2023, Takashi Yamazaki)

O cineasta nipônico Takashi Yamazaki acerta a mão ao ser co-roteirista e diretor de uma história septuagenária e ainda supervisionar os efeitos visuais que constituem o comemorativo filme “Godzilla Minus One” (2023). Impressione-se e emocione-se com a melhor produção já realizada nessas sete décadas em que o monstro gigante japonês (Kaiju/Daikaijū) desfila o seu corpo colossal e radioativo pelas telas além do Japão.


O cenário escolhido para a história de aventura épica de Godzilla foi entre as cinzas e os destroços que sobraram de um Japão pós-guerra em ruínas, uma nação desmoralizada e sobrevivendo à rendição de 1945, estando o arquipélago japonês sob a ocupação dos Estados Unidos até 1952. Se ao final da guerra o Japão voltou à estaca zero, após saber da existência da ameaça de um monstro terrível, a nação se encontra na escala negativa menos um (minus one). 

Na pista de pouso da Ilha Odo, um jovem piloto kamikaze, Kôichi Shikishima (Ryûnosuke Kamiki), aterrissa com seu avião ao fugir de sua missão suicida – mal sabia o garoto que ali a sua frustração e desonra ainda teria mais um capítulo, agora em terra, ao se acovardar frente ao horroroso ataque mortal de um monstro de proporção descomunal aos homens que o ajudaram até então.

O “cartão de visita” de Godzilla ao jovem protagonista é traumatizante e o faz paralisar – aliás, seria este o motivo que o impossibilitou de apertar o gatilho para disparar a metralhadora do seu caça. Para os telespectadores, a aparição repentina de Godzilla no início do filme não passa de um “tira gosto” frente às cenas posteriores.

É digno de admiração o cuidado dedicado à imagem deste Godzilla de 2023, o monstro é um híbrido de espécies de dinossauros que de alguma maneira foram deformados pela exposição aos testes nucleares. O tamanho gigantesco desse kaiju assusta qualquer ser vivo, além dos poderes que o faz ser uma criatura estranha e letal. Em sua aparência física, destaca o efeito luminoso aplicado às placas que se deslocam para fora do corpo (da ponta da cauda, passando por todo o dorso, até a base do pescoço) – ação que prepara o espectador para o pior: o disparo da aniquiladora baforada lançada ferozmente na forma de um feixe radioativo polarizado de alta energia atômica.

A população observa Godzilla frente a destruição causada após atacar a cidade com um raio atômico.
Os cidadãos observam a grande bola de fogo oriunda da explosão causada por Godzilla, após atacar a cidade com o devastador raio atômico. Seguido a explosão, ocorre uma forte onda de choque.

Fica evidente a metáfora dada ao Godzilla quanto ao seu poder de destruição, assim como foram as bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki – figura de linguagem já associada ao filme “Godzilla” de 1954. Três decênios mais tarde, esse poder destrutivo fez referência ao desastre nuclear ocorrido na usina de Fukushima através do filme “Shin Gojira” (2016). Já em “Minus One”, o diretor Yamazaki disse referenciar sutilmente a devastação de Godzilla à pandemia de 2019.

O uso da Segunda Guerra Mundial como causa do estado de calamidade que o Japão e seus cidadãos se encontram, contribui para o clima épico de tragédia e iminente tensão ao ser desconhecido prestes a emergir das águas profundas do mar, rumo às terras japonesas. A apreensão do protagonista Kôichi Shikishima e seu sentimento de desonra se intensifica ao encontrar as personagens Sumiko Ôta (Sakura Andô) e Noriko Ôishi (Minami Hamabe) em meio aos destroços das casas devastadas pelos ataques ou consumidas pelo fogo.

A construção narrativa em torno do relacionamento entre esses três personagens (Shikishima, Ôta e Noriko) é de uma riqueza deslumbrante. Takashi Yamazaki não monopoliza o seu roteiro e muito menos focaliza sua direção à ação impressionante de Godzilla. Transparece em cena o carinho que ele dedica ao dar foco também na construção da relação humana, em meio ao caos provocado após uma guerra, ao mesmo tempo que existe uma tensão onipresente quanto a um ataque surpresa oriundo de um monstro de poderio bélico inimaginável, assim como o saber como parar essa ameaça de proporções catastróficas.

Em muitos momentos do longa-metragem, Godzilla desaparece em águas profundas por longos períodos, sua ausência assim se faz também na cabeça do espectador. O modo como “Godzilla Minus One” retrata a relação humana do protagonista – baseado na busca da redenção pelo sentido da vida – preenche a falta de Godzilla em ação.

Mesmo relutante quanto à companhia de Noriko e da bebê, Takashi não as abandona e toma para si a responsabilidade de cuidar e protegê-las, contexto que o roteiro explora sem pular etapas. O convívio diário vai criando um laço entre os três, que aos poucos se molda em uma estrutura familiar e na possível abertura ao amor entre o casal, o que acaba dando um motivo especial para que o traumatizado piloto não se entregue à depressão e ao desejo de morrer. De maneira valente, ele vai à luta em busca de trabalho e assim trazer para o seu simples lar o suficiente para o sustento de todos.

Essa rotina com Noriko e a bebê, dividida sob o mesmo teto, possibilita a ele enxergar em Noriko uma fagulha para o início de um possível amor, enxergado e apoiado até pelos colegas do trabalho. Esses homens com quem ele trabalha a bordo de um pequeno barco de madeira (‘Shinsei Maru’), removendo do mar milhares de minas navais implantadas durante a guerra, se tornam seus amigos e juntos vão enfrentar o Godzilla com inteligência e uma estratégia ousada.

Noriko e Ryunosuke recebem os amigos que juntos se reunem para comer e conversar.
Neste momento de confraternização entre Noriko, Shikishima e seus novos amigos. Nota-se o momento em que Noda tira uma fotografia de Noriko, trata-se da foto que Ryunosukeé fixa no painel do caça Kyushu J7W Shinden.

A amizade também é um tema abordado com sutileza no excelente roteiro, de maneira simples e em meio ao sacrifício pela salvação de todos, logo cria-se entre o trio encabeçado pelo Doutor Kenji Noda (Hidetaka Yoshioka), o extrovertido capitão Seiji Akitsu (Kuranosuke Sasaki) e o novato Shirô Mizushima (Yuki Yamada) uma amizade vista até o final.

Artisticamente, todo o elenco se garante ao executar um trabalho de interpretação conciso, nada de extraordinário, a não ser as caricatas caras e bocas já características no modus operandi dos atores nipônicos. Contudo, esses trejeitos demarcam uma forte característica da cultura japonesa atrelada à produção, tornando um produto audiovisual fiel à tradição cinematográfica proveniente da “Terra do Sol Nascente”.

Os destaques são evidentes, pois abrangem o âmbito técnico e também artístico: o elenco atua com entrega – não deixa perder a personalidade interpretativa, tão características aos atores orientais, visto com frequência principalmente pelo núcleo de amigos do personagem principal; o talento multifacetado do diretor Takashi Yamazaki grita tão alto quanto o rugido estrondoso do kaiju a plenos pulmões, o cineasta constrói e capta com perfeição cada cena – todas estão alinhadas com os efeitos especiais minuciosamente realistas.

As imagens que compõem “Godzilla Minus One” são um espetáculo visual à parte, ademais, quando se ouve a trilha sonora ecoando em uma cena específica, não tem como passar despercebido a influência do compositor japonês Naoki Satô, que presta uma homenagem aos clássicos filmes de Godzilla. O som do rugido retumbante do monstro gigante foi replicado do original. É realmente uma produção feita para celebrar mundialmente as sete décadas desta franquia nipônica icônica.

Outro ponto do roteiro que demonstra sua qualidade, se dá no momento em que o enredo se aproxima do confronto final, onde se faz valer a máxima: a união faz a força. Para Kenji Noda (ex-oficial técnico da Marinha) colocar seu plano de aniquilar Godzilla em prática é necessário um grande contingente de pessoas e assim formar um exército – com o fim da guerra, o exército do Japão se esfacelou diante do desarmamento ordenado pelos Estados Unidos, ordem vigente até 1951. Após muitos questionamentos, enfim, envolto em um clima emocionante de sacrifício, todos aderem ao plano apresentado.

Shikishima sobrevoa Godzilla enquando o observa atraves do cockpit da aeronave.
Shikishima sobrevoa com o caça Kyushu J7W Shinden para além de Godzila, enquanto observa o monstro nadando ao encontro da “armadilha” preparada pelos navios.

Uma sacada perspicaz do roteiro e executada sobre uma direção de alto nível, se dá como um gesto de sacrifício literal de Shikishima e que inicialmente é entendido pelos amigos como um ataque suicida – atitude que induz também o espectador a acreditar que essa ação é uma forma dele se redimir ao abandonar sua missão como piloto kamikaze durante a Segunda Guerra Mundial, quando serviu a Marinha Imperial Japonesa.

Pilotando um protótipo do avião de caça japonês Kyushu J7W Shinden, Shikishima inicia sua derradeira missão solitária, enquanto abaixo dele os navios seguem rumo ao cumprimento do dever. Após os navios finalizarem a tarefa sem êxito, os homens a bordo acompanhavam estarrecidos o retorno do monstro que inicia o ritual de disparo do raio atômico com um rugido estrondoso. Neste momento, o som fica mudo e a câmera capta as expressões de desespero dos personagens quando, do horizonte nublado, surge como um relâmpago a esperança redentora (Shikishima) acelerando o caça J7W Shinden diretor para o alvo, como um tiro de misericórdia. 

Na cena descrita anteriormente, é possível ver todos os quesitos técnicos sendo apresentados em sua potência máxima, resultando num clímax capaz de deixar qualquer espectador boquiaberto durante toda a tomada. Como não se arrepiar ao ver Godzilla emergindo da armadilha, enquanto desfila sua fúria indomável em uma performance espantosa? O que falar sobre a quebra de silêncio ao despontar do horizonte, a toda velocidade, o caça J7W Shinden?

Nem vou comentar sobre que fim levou Shikishima, quem prestar bastante atenção aos detalhes da apresentação do caça Kyushu J7W modelo único, vai de antemão saber o possível destino reservado para Ryunosuke Kamiki. O final do filme “Godzilla Minus One” revela surpresas agradáveis, principalmente no que diz respeito ao casal Minami Hamabe e Ryunosuke Kamiki, o amadurecimento deste último personagem no decorrer da história é gratificante e pode inspirar roteiristas na maneira como desenvolver personagens que prosperam ao longo do enredo, que aprendem e crescem ao encarar desafios e assumir responsabilidades.

Pode-se facilmente considerar “Godzilla Minus One” uma obra prima do cinema japonês. Atesto com segurança e – se for preciso – assino no rodapé desta resenha crítica com reconhecimento de firma: este Godzilla de 2023 é o melhor já produzido nesses mais de setenta anos de existência do “monstro estranho” (Kaiju).

Inté, se Deus quiser!

NOTA: Nota do crítico - 5 estrelas (excelente!)

 

Trailer

 

Pôster

Pôster do filme "Godzilla Minus One" (2023).

 

Curiosidade sobre Godzilla: Minus One

  • Em vez de criar um novo rugido, a equipe simplesmente tocou o rugido original de Godzilla em alto-falantes e gravou o áudio;
  • O “Menos Um” refere-se ao fato de que o Japão já havia sido devastado pela Segunda Guerra Mundial (reduzido a zero), mas com o surgimento de Godzilla, isso coloca o Japão em uma situação negativa. Isso se reflete no slogan original japonês do filme, que se traduz como “Japão do Pós-Guerra. De Zero a Menos”;
  • Gareth Edwards, diretor de “Godzilla” (2014), compareceu a uma exibição do filme e descreveu um sentimento de ciúmes enquanto assistia, afirmando: “É assim que um filme de Godzilla deveria ser”.
  • De acordo com Yamazaki, seu Godzilla permaneceria próximo aos temas do filme original de Ishirô Honda, afirmando: “Eu amo o Godzilla original e senti que deveria permanecer fiel a esse espírito, abordando as questões da guerra e das armas nucleares”;
  • De acordo com o diretor Yamazaki, seu Godzilla inclui aspectos exclusivamente japoneses, mencionando: “Existe um conceito no Japão chamado ‘tatarigami’ (espíritos que trazem calamidades). Existem deuses bons e deuses maus. Godzilla é meio monstro, mas também meio deus.”;
  • O filme não é apenas o primeiro filme de Godzilla a ser indicado ao Oscar, mas também o primeiro a vencer. É também o primeiro filme japonês e o primeiro asiático a ser indicado e a vencer na categoria “Melhores Efeitos Visuais”;
  • Takashi Yamazaki conheceu Steven Spielberg, que lhe disse ter visto o filme três vezes. Segundo Yamazaki, Spielberg o viu primeiro em casa e depois foi vê-lo mais duas vezes no cinema. Yamazaki comparou isso a ser louvado por Deus, já que Spielberg foi uma de suas maiores inspirações. Coincidentemente, o próprio Spielberg também é um admirador de longa data do Godzilla original, citando-o também como uma de suas próprias influências;
  • Questionado sobre as diferenças entre as adaptações americanas e os originais japoneses, Yamazaki afirmou que, enquanto o Godzilla americano se concentra apenas em ser monstruoso, a interpretação japonesa é tanto como um monstro quanto como um deus, comentando que: “O ponto principal do Godzilla internacional é que ele é um monstro realmente poderoso, mas um Godzilla japonês é, em muitos aspectos, uma criatura quase divina. Não necessariamente um deus religioso, mas mais como um deus japonês, um deus malévolo e destrutivo.” Yamazaki enfatizou: “O fato de Godzilla ser tanto um deus quanto um monstro é um ponto que não deve ser ignorado no Godzilla japonês. A versão hollywoodiana de Godzilla se inclina para a frente e parece um monstro pronto para lutar. Não sei se devo dizer isso, mas acho que Godzilla deveria ser feito no Japão.”;
  • O nome do protagonista, Shikishima, coincide com o nome de um esquadrão que conduziu o primeiro ataque kamikaze bem-sucedido. O “Esquadrão Shikishima”, liderado pelo Tenente Yukio Seki, atingiu e afundou o USS St. Lo em 1944;
  • O nome do personagem principal, Koichi, era uma homenagem a Kôichi Kawakita, que foi diretor de efeitos especiais na Toho do final dos anos 80 até os anos 90. Kawakita conseguiu seu primeiro emprego na Toho trabalhando em “Yôsei Gorasu” (‘Gorath: Choque de Planetas’) (1962), de Ishirô Honda, e após a aposentadoria de Teruyoshi Nakano, seria promovido a diretor-chefe de efeitos especiais nos filmes VS (Heisei) Godzilla;
  • O visual deste Godzilla, embora feito em CGI (Computer-Generated Imagery), pretendia lembrar a técnica clássica de “suitmation”, com a postura mais ereta em vez de inclinada para a frente. O design mistura elementos de vários filmes anteriores, com a influência mais forte sendo o design da série VS dos anos 90/era Heisei, que é o design genérico que a Toho usa há muito tempo para merchandising, e o design de “Gojira Mosura Kingu Gidora Daikaijû sôkôgeki” (‘Godzilla, Mothra e King Ghidorah: O Ataque dos Monstros Gigantes’) (2001). As artes conceituais iniciais de Yamazaki até deram a Godzilla olhos brancos sem pupilas, muito semelhantes à encarnação de GMK (Godzilla, Mothra e King Ghidorah);
  • O diretor Takashi Yamazaki citou “Gojira Mosura Kingu Gidora Daikaijû sôkôgeki” (‘Godzilla, Mothra e King Ghidorah: O Ataque dos Monstros Gigantes’) (2001), dirigido por Shûsuke Kaneko, como seu filme favorito de Godzilla;
  • Esse é o primeiro filme do Godzilla a ser uma peça de época, ambientado durante a submissão americana do Japão e quase uma década antes do “Godzilla” original (1954). De acordo com um panfleto teatral lançado com o filme no Japão, “Shin Gojira” (2016) foi tão bem-sucedido, tanto em termos de crítica quanto financeiros, que a Toho estava lutando para fazer uma continuação. Inúmeras propostas foram feitas, mas nenhuma delas parecia estar à altura do impacto que “Shin Gojira” (2016) teve com a repercussão e a aclamação do público japonês. Foi só quando Yamazaki teve a proposta de fazer uma peça de época que a Toho pôde finalmente começar a produzir um novo filme;
  • Para a suíte de Godzilla, ouvida durante o desembarque de Godzilla, o compositor Naoki Satô utilizou a versão do tema de Godzilla arranjada por Akira Ifukube em “Godzilla Contra a Ilha Sagrada” (1964). Na segunda versão da suíte para o final, o título principal do filme original é incorporado ao tema de “King Kong vs. Godzilla” (1962), um arranjo originalmente criado por Akira Ifukube para sua composição Fantasia Sinfônica de 1983, que também foi reutilizado nos créditos finais de “Godzilla vs. Destroyer” (1995);
  • Em um artigo publicado no site da Variety em 10 de dezembro de 2023, “Godzilla: Minus One” arrecadou US$ 25,3 milhões nas bilheterias, tornando-se o filme live-action japonês de maior bilheteria da história da América do Norte. Acredita-se também (embora não citado no artigo) que ter “Godzilla: Minus One” e “O Menino e a Garça” (2023) como o terceiro e primeiro filme de maior bilheteria no fim de semana de 9 de dezembro. É a primeira vez que dois filmes japoneses alcançaram o top 5 no mesmo fim de semana na história das bilheterias norte-americanas;
  • Estreando com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, as avaliações dos americanos foram, em geral, positivas, embora alguns tenham criticado e reclamado da falta de Godzilla na tela. Quando a primeira crítica negativa foi publicada, Yamazaki simplesmente tuitou em resposta: “Finalmente (risos)”;
  • Quando Godzilla usa seu sopro atômico, suas placas dorsais se deslocam para fora do corpo enquanto se iluminam, fazendo referência a Gojira Mosura Kingu Gidora Daikaijû sôkôgeki (‘Godzilla, Mothra e King Ghidorah: O Ataque dos Monstros Gigantes’) (2001), já que o traje de Godzilla usado naquele filme tinha um mecanismo para também mover suas placas dorsais para cima, embora de forma mais sutil. A iluminação da cauda para cima também faz referência aos filmes recentes de Hollywood;
  • A aparição de Godzilla no filme foi fortemente baseada no design visto no curta-metragem CGI de 2021 que acompanhou a atração do parque de diversões “Godzilla the Ride”, na cidade de Tokorozawa. O curta também foi dirigido por Takashi Yamazaki e, assim como este filme, também foi um retorno à era Showa, com Yamazaki considerando a era inseparável do gênero. Yamazaki reutilizaria esse design com algumas alterações nas proporções para este filme;
  • A Toho anunciou este filme em 3 de novembro de 2022 e o lançou um ano depois, em 3 de novembro de 2023. 3 de novembro é o aniversário do filme original, com a Toho começando a divulgá-lo como “Godzilla Day”. O lançamento do filme também coincidiu com novas restaurações em 4K dos filmes originais de Godzilla do laboratório de filmes Togen da Toho. No mesmo mês, a Toho fechou o laboratório de filmes Togen, ameaçando destruir 20.000 peças de filmes, TV, animes, comerciais, vídeos de apresentação de empresas, etc., das décadas de 1970 a 2000, devido à lei de direitos autorais japonesa, a menos que os proprietários originais coletassem os negativos. De acordo com o site da Togen, essas obras, cujos proprietários não puderam ser contatados, estão salvas no Arquivo Toho;
  • Este filme de Godzilla se tornou o filme com lançamento mais rápido nos EUA, um mês após sua estreia no Japão. O recordista anterior era “Shin Gojira” (2016), que levou menos de três meses para ser lançado nos EUA após sua estreia japonesa. É também apenas o terceiro filme de Godzilla, depois de “Godzilla Contra a Ilha Sagrada” (1964) e “Shin Gojira” (2016), a ser lançado nos cinemas dos EUA no mesmo ano de seu lançamento original japonês;
  • Antes do lançamento do filme, o diretor Takashi Yamazaki escolheu alguns filmes de Godzilla para relançar nos cinemas japoneses. Trata-se do “Godzilla” original (1954), “Ghidrah, o Monstro Tricéfalo” (1964), “Gojira Mosura Kingu Gidora Daikaijû sôkôgeki” (‘Godzilla, Mothra e King Ghidorah: O Ataque dos Monstros Gigantes’) (2001) e Shin Gojira (2016);
  • Todos os navios de guerra citados no filme estão entre os poucos navios da IJN (Marinha Imperial Japonesa) que sobreviveram à guerra na realidade. Isso inclui o cruzador pesado Takao da classe Takao, o contratorpedeiro Yukikaze da classe Kagerou, o contratorpedeiro Hibiki da classe Akatsuki, o contratorpedeiro Yuukaze da classe Minekaze, o contratorpedeiro Keyaki da classe Matsu e o caça-minas Katashima da classe Sokuten;
  • Houve muita especulação sobre o orçamento do filme, sendo 15 milhões um valor amplamente divulgado até ser desmentido pelo diretor. O orçamento final foi, na verdade, de 1,5 bilhão de ienes, o mesmo do filme anterior da Toho, “Shin Gojira” (2016). No entanto, as taxas de câmbio atuais, que desvalorizaram o iene, fizeram com que o valor ficasse em torno de 10 milhões de dólares. Ambos ainda foram mais baratos que “Godzilla: Batalha Final” (2004), que continua sendo o filme de Godzilla mais caro da Toho, custando 1,9 bilhão de ienes;
  • O personagem Tachibana compartilha o sobrenome com os principais protagonistas de Gojira Mosura Kingu Gidora Daikaijû sôkôgeki (‘Godzilla, Mothra e King Ghidorah: O Ataque dos Monstros Gigantes’) (2001);
  • A capacidade do sopro atômico de Godzilla de criar uma explosão nuclear foi retirada de Gojira Mosura Kingu Gidora Daikaijû sôkôgeki (‘Godzilla, Mothra e King Ghidorah: O Ataque dos Monstros Gigantes’) (2001);
  • Em entrevistas, o diretor Takashi Yamazaki mencionou ter se tornado fã de Godzilla para a vida toda depois de assistir a “Ghidrah, o Monstro Tricéfalo” (1964). Ao explicar como foi finalmente fazer um filme de Godzilla, Yamazaki declarou: “Para mim, assim que vi meu primeiro filme de kaiju, ainda criança, e percebi que existia algo como fazer filmes de kaiju, soube para onde minha vida me levaria. Já se passaram mais de 50 anos nesse caminho e sinto que foi gratificante. Dei muito. Então, talvez eu tenha dado mais do que um pedacinho de mim. Dei uma grande parte de mim. Tenho um grande vazio no coração e é como ‘Ah, são as pessoas que fizeram filmes de Godzilla que ficam com esse sentimento’. Enquanto filmo, não antecipo nada disso, mas depois que o filme termina, quando ele é lançado, sinto um pequeno vazio.”;
  • O diretor Takashi Yamazaki e sua equipe usaram a melhor computação gráfica disponível para fazer com que Godzilla parecesse o mais fotorrealista possível. “Conseguimos aumentar a resolução das escamas, por exemplo, e torná-las realmente nítidas, dando a elas essa textura agressiva”, disse ele sobre o novo visual de Godzilla;
  • O filme de Yamazaki se inspira e homenageia vários filmes anteriores de Godzilla. Além do filme original, Gojira Mosura Kingu Gidora Daikaijû sôkôgeki (2001) inspirou a interpretação antagônica de Godzilla. O fato de os protagonistas serem civis comuns se inspira em “Godzilla Contra-Ataca” (1955), incluindo ambos os filmes tendo pilotos como personagens principais, e suas caracterizações lembram os filmes de Godzilla de Ishirô Honda. O protagonista principal, Shikishima, compartilha sua motivação de personagem com os protagonistas principais de “Godzilla Vs. Megaguirus” (2000) e “Gojira × Mekagojira” (2002). O contexto político, lidando com as tensões entre os EUA e a União Soviética, é uma abordagem compartilhada por “O Retorno de Godzilla” (1984). As origens de Godzilla são exploradas de forma semelhante a “Godzilla Contra o Monstro do Mal” (1991). Da mesma forma, o filme compartilha o clímax temático de um grupo de pessoas desorganizadas se reunindo para confrontar Godzilla de “Shin Gojira” (2016);
  • Os contratorpedeiros e lançadores de minas nomeados têm seus nomes pintados nas laterais do casco em letras latinas maiúsculas (“YUKIKAZE”, etc.) em vez do katakana usual, que é o correto para navios rendidos no pós-guerra;
  • O segundo filme em língua não inglesa indicado ao Oscar de “Melhores Efeitos Visuais”, depois de “Nada de Novo no Front” (2022). Godzilla é o primeiro a vencer;
  • Quando questionado sobre como ele criou os efeitos visuais em sua cabeça enquanto colocava a história no papel, Takashi Yamazaki disse o seguinte: “Dados os nossos recursos limitados, sabíamos que tínhamos que maximizar o que podíamos fazer para dar a melhor interpretação possível de Godzilla nesta tela. Do ponto de vista dos efeitos visuais, houve um certo grau de avaliação do que a equipe era capaz de fazer. Dito isso, nunca deixei que isso me distraísse de escrever uma boa história, que é o componente mais fundamental para fazer um bom filme. Uma vez que temos uma boa história, pensamos em quais efeitos visuais podemos fazer para dar o melhor destaque a essa história. Neste caso, porém, houve algumas exceções ao seu ponto sobre a história influenciar os efeitos visuais ou vice-versa. “Tínhamos um compositor muito jovem, que era a função dele dentro da empresa, mas ele acabou adorando efeitos visuais. Ele fez algumas simulações de água em casa e as levou para o escritório um dia. Nós dissemos: “Nossa, isso é uma simulação de água de alta qualidade! Isso me permitiu escrever mais cenas que se passavam no oceano. Mas isso não mudou fundamentalmente a história, apenas a proporção das diferentes tomadas que fizemos. Também ajudou o fato de eu ser o roteirista, diretor e supervisor de efeitos visuais. Isso significava que havia muitas eficiências acontecendo na minha cabeça, como saber a cena final e como ela ficaria na tela, portanto, em cada estágio da produção, sabíamos que estávamos nos aproximando do produto final.”;
  • No total, a modesta equipe de 35 artistas concluiu o filme com apenas 610 tomadas de efeitos visuais. Para efeito de comparação, “Vingadores: Ultimato” (2019), de Hollywood, utilizou 2.500 tomadas de efeitos visuais (e teve um orçamento de US$ 365 milhões). Houve também um modelo prático usado como referência na criação da versão digital de Godzilla. Mais de 100 dessas tomadas de efeitos visuais eram tomadas na água, um número “quase inédito” no Japão, disse a diretora de efeitos visuais Kiyoko Shibuya. “As pessoas diziam: ‘Não sabemos o que vocês estão pensando ou fazendo. Vocês devem estar loucos para fazer tantos'”, brincou Shibuya. A cena em que Godzilla afunda no oceano foi uma das mais difíceis de criar e, em um belo momento de sincronicidade, remete à arma Destruidora de Oxigênio do filme original;
  • O filme não foi lançado nos cinemas da China, Coreia, Taiwan e muitos outros países do Sudeste Asiático. Embora nenhuma declaração oficial tenha sido feita, muitos consideraram que a Toho evitou lançá-lo nesses países devido à animosidade e ao ressentimento persistente em relação ao Japão durante a Segunda Guerra Mundial, exacerbados pelo cenário do filme. Depois de estar disponível apenas por streaming e digital nesses países, o filme acabou obtendo uma recepção mista, principalmente na Coreia do Sul;
  • Todos os filmes da Toho Godzilla têm dois diretores: o diretor geral de primeira unidade e um segundo diretor de efeitos. O diretor Takashi Yamazaki não foi apenas o diretor geral, mas também supervisionou os efeitos visuais, uma distinção compartilhada apenas com Ishirô Honda, que teve que substituir Eiji Tsuburaya como diretor de efeitos em “Monstrolândia”/”A Vingança de Godzilla” (1969). Tsuburaya, no entanto, é quem foi creditado no filme;
  • Embora tenha havido participações na série “Monsterverse”, bem como adaptações de anime, a atriz principal Minami Hamabe promoveu este como o primeiro verdadeiro novo filme de Godzilla nos sete anos desde “Shin Godzilla” de 2016;
  • O anúncio inicial de Takashi Yamazaki como diretor causou hesitação em alguns fãs, visto que os filmes de guerra anteriores de Yamazaki foram vistos como nacionalistas por alguns, especialmente “Zero Eterno” (2013), baseado em um romance de Naoki Hyakuta, um autor de extrema direita conhecido por sua negação dos crimes de guerra do Japão. Algumas críticas foram feitas ao filme por não reconhecer as ações do Japão durante a guerra, com especulações de que esse pode ter sido o motivo pelo qual o filme não foi lançado nos cinemas em países como China, Coreia do Sul e Singapura. Esse aspecto foi particularmente controverso na Coreia do Sul;
  • Arrecadou US$ 11,4 milhões na América do Norte em seu fim de semana de estreia, mais do que qualquer outro filme live-action japonês. É também o segundo maior número de filmes live-action não falados em inglês, atrás apenas de “Herói” (2002), com US$ 17,8 milhões;
  • O primeiro filme de Godzilla produzido pela Toho a ter um lançamento estendido nos cinemas americanos desde “Godzilla 2000” (1999). A maioria dos filmes subsequentes foi lançada diretamente em mídia doméstica nos EUA, enquanto “Shin Gojira” (2016) teve um lançamento limitado pela Funimation durante o mês de outubro de 2016. Também o primeiro filme de Godzilla distribuído exclusivamente pela Toho International, já que até “Shin Gojira” (2016), a Toho dependia de distribuidoras americanas para adquirir e lançar seus filmes;
  • O diretor Takashi Yamazaki revelou que o filme não é uma “resposta direta” a “Oppenheimer” (2023), mas que adoraria fazer um filme que o seja um dia. O cineasta observou que foi “definitivamente uma coincidência” que o filme biográfico dirigido por Christopher Nolan e seu longa-metragem de criaturas em japonês tenham sido lançados em 2023. No entanto, ele teorizou sobre o motivo disso, afirmando: “Acho que a ameaça de uma guerra nuclear está quase no seu auge agora, mais do que em qualquer outro ano em que a maioria de nós já viveu. De certa forma, o “Godzilla” original de 1954 foi criado com o mesmo pano de fundo, após a Segunda Guerra Mundial, questionando o que significa para essas superpotências desenvolver tantas ogivas nucleares. Acho que o medo e a ameaça disso são certamente reais, mas a relevância oportuna dos elementos temáticos é bastante impressionante.”;
  • O filme foi o primeiro filme live-action não falado em inglês a chegar ao topo do mercado doméstico dos EUA na primeira semana, sendo o último Hero, em 2004;
  • Ganhou o Prêmio da Academia Japonesa de Cinema de 2024 de “Melhor Filme”, tornando-se o segundo filme de Godzilla a ganhar Melhor Filme depois de “Shin Gojira” (2016) em 2017;
  • Esse filme superou todos os filmes do “Monsterverse” de Hollywood nas bilheterias japonesas, superando o total individual de cada um deles;
  • Takashi Yamazaki é o segundo a ganhar o Oscar de “Melhores Efeitos Visuais” por um filme que também dirigiu, depois de Stanley Kubrick por “2001: Uma Odisséia no Espaço” (1968). No entanto, Kubrick não foi creditado entre os artistas de efeitos visuais do filme, e sua premiação foi controversa;
  • O primeiro filme de Godzilla a ganhar ou ser indicado ao Oscar, neste caso, na categoria de “Melhores Efeitos Visuais”. “Godzilla” (1998), “Godzilla” (2014) e “Godzilla vs. Kong” (2021) estavam todos na lista de indicados para o mesmo prêmio, mas não foram selecionados;
  • Após a fotografia principal, o trabalho de efeitos visuais começou. Mas muitas decisões já haviam sido tomadas, como a aparência que queríamos para o monstro. O diretor Takashi Yamazaki disse à “Maxon”: “Queríamos uma postura vertical, com pernas bem grossas e robustas, dando ao formato geral uma aparência de montanha. Nos concentramos em tornar a parte inferior do corpo bem massiva e o rosto assustador, mas inconfundivelmente Godzilla.” Yamazaki elaborou: “Fiz uma maquete 3D bruta no “ZBrush” e o Sr. Taguchi assumiu a partir daí como escultor e modelador 3D, ajustando o equilíbrio e adicionando detalhes incríveis. Confio muito no seu senso artístico. Lidamos com bilhões de polígonos, então o modelo teve que ser convertido em inúmeros mapas de deslocamento para renderização com “Redshift”. O fluxo de trabalho envolveu animar um modelo relativamente leve e aplicar vários mapas para a renderização final.” Na renderização final, as coisas ficaram ainda mais loucas e complexas. Yamazaki explicou: “Se você aumentar ainda mais o zoom, verá um padrão muito complexo acontecendo, e esse nível de detalhe, talvez a resolução tanto da cor quanto das ondulações, faz com que Godzilla pareça ainda mais real. Ele usou uma quantidade incrível de polígonos para conseguir essa aparência. Só na cabeça, foram 200 milhões de polígonos. A área do peito tem outros 100 milhões. Em determinado momento, ficamos preocupados se conseguiríamos renderizar essa coisa na tela, devido à enorme quantidade de dados que precisava ser computada. Felizmente, empregamos várias técnicas para clarear alguns dos polígonos e garantir que Godzilla fosse renderizável.”;
  • A produção inicial do filme começou no final de 2019, mas o início da pandemia de Covid-19 fez com que as filmagens principais só começassem em meados de março de 2022, em Kanto;
  • Foram 35 pessoas trabalhando neste filme, criando 610 cenas em apenas oito meses no estúdio Chofu, sob a supervisão do diretor Takashi Yamazaki e direção de Kiyoko Shibuya;
  • Após o ataque a Ginza, um logotipo aparece em uma parede que muitos confundiram com o logotipo da Umbrella Corporation. No entanto, esse símbolo era, na verdade, do prédio do “Oitavo Serviço de Intercâmbio do Exército”, o P.X. de Tóquio, e pode ser visto em fotografias históricas do prédio de 1946;
  • A bilheteria do filme na América do Norte superou a do Japão. Essa é uma distinção compartilhada com “Godzilla vs. Megalon” (1973), que teve apenas uma temporada limitada no Japão como parte do “Champion Festival da Toho” (um programa de matinê para crianças da década de 1970), mas obteve grande sucesso nos EUA após uma agressiva campanha de marketing de seus distribuidores americanos;
  • Takashi Yamazaki já havia interpretado Godzilla em uma sequência de devaneio em seu filme anterior, “Always zoku san-chôme no yûhi” (2007), com o design retirado de uma maquete de kit de garagem baseada no design de Godzilla de “Gojira Mosura Kingu Gidora Daikaijû sôkôgeki” (2001). Assim como este filme, o filme também se passa no período “Showa” (1926-1989), em vez do presente;
  • É o primeiro filme japonês de Godzilla a ser lançado nos cinemas brasileiros desde “O Terror do MechaGodzilla” (1975);
  • O terceiro filme em língua não inglesa de maior bilheteria nas bilheterias nacionais, depois de “O Tigre e o Dragão” (2000) e “A Vida é Bela” (1997)
  • “Godzilla Minus One” é o filme do diretor Takashi Yamazaki com mais tomadas CGI, um total de 610, cem a mais que em “Patrulha Estelar” (2010), seu recorde anterior;
  • A produção inicial do filme foi impactada pela pandemia de COVID-19. O atraso deu ao diretor Yamazaki quase três anos para revisar sua história e roteiro. Em um panfleto que acompanhou o lançamento original japonês do filme, Yamazaki comentou sobre como isso impactou o tema do filme, mencionando que, assim como “Godzilla” (1954) é sobre os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki e “Shin Gojira” (2016) é sobre o desastre nuclear de Fukushima, seu filme Godzilla tem uma sutil referência à pandemia;
  • Para finalizar o restante do filme, Takashi Yamazaki e sua equipe utilizaram os softwares de animação 3D “Houdini” e “Maya” para o design e o “Nuke” para a composição. Yamazaki fez um design 3D no “ZBrush” e Taguchi o complementou adicionando seus próprios elementos, incluindo a inserção de polígonos e a renderização de mapas de deslocamento usando um programa chamado “Redshift”. A equipe retopologizou o design da maquete e os mapas de deslocamento com o “Mudbox”;
  • Originalmente, a Toho pretendia lançar o filme em 3 de novembro de 2024, como parte da comemoração dos 70 anos da franquia Godzilla. No entanto, a Legendary Pictures, de Hollywood, posteriormente planejava lançar sua iteração da franquia, “Godzilla x Kong: O Novo Império” (2024), no mesmo ano, o que contradiz o acordo entre os dois estúdios (o acordo de 2012 impede que ambos os estúdios lancem seus próprios filmes de Godzilla no mesmo ano). Como resultado, a Toho decidiu prosseguir com o lançamento de seu filme em 2023, enquanto a Legendary assumiria o lançamento de 2024 para seu filme do “MonsterVerse”;
  • De acordo com o diretor Yamazaki, a fúria de Godzilla pelo interior é uma homenagem tanto à série original de Godzilla da era Showa quanto ao “Ultraman” original, já que a maioria de seus finais climáticos ocorreram no interior e não em áreas metropolitanas;
  • Assim como o já mencionado Gareth Edwards, outros diretores que gostaram do filme incluem Steven Spielberg, John Landis e Christopher Nolan;
  • Cada design de Godzilla recebe um apelido dos fãs japoneses. Para este Godzilla, a Toho aprovou “NegaGoji” como apelido oficial. No entanto, isso causou hesitação entre os fãs americanos, pois a primeira parte soa semelhante a uma palavra altamente ofensiva. Por isso, os americanos adotaram apelidos alternativos, como “MinusGoji”;
  • Incluído entre os 250 melhores filmes de terror da Letterboxd;
  • Personalidade da internet e fã de Godzilla desde sempre, James Rolfe chamou este de o melhor filme de Godzilla já feito;
  • Após seu lançamento, o filme foi classificado entre os 250 melhores filmes narrativos oficiais da Letterboxd por cerca de quatro semanas;
  • O diretor Takashi Yamazaki revelou que o filme quase incluiu uma cena que teria mostrado a Ilha Odo (um local fictício onde Godzilla foi avistado inicialmente) e uma versão menos madura de Godzilla antes de seu temido poder no filme. Yamazaki explicou: “No entanto, havia uma cena na Ilha Odo no início, quando Shikishima aterrissa, eu tinha uma cena em mente, pensei nela depois que terminamos a produção”, ele então explicou, “então, infelizmente, eles não me deixaram filmar cenas de ação”;
  • A réplica em tamanho real do protótipo do caça “J7W Shinden”, usado nas filmagens, encontrou um lugar de descanso honroso no “Museu Memorial da Paz de Tachiarai”. O museu está localizado na província de Fukuoka, onde o protótipo do caça foi originalmente desenvolvido. O museu tenta, sem sucesso, há décadas, readquirir um dos protótipos Shinden originais confiscados pelo exército americano. Após tomar conhecimento da construção de uma réplica para o filme, o museu a adquiriu com sucesso após o filme para sua exposição;
  • Durante seu ataque à ilha de Odo, Godzilla morde os mecânicos para matá-los, mas não os come. Isso segue uma regra estabelecida há muito tempo pela Toho de que Godzilla nunca deve ser retratado comendo seres humanos;
  • O diretor Takashi Yamazaki confirmou que a marca preta no pescoço de Noriko eram células de Godzilla;
  • Quando o povo de Tóquio se rebela com um plano para derrotar Godzilla, não há exército para ajudá-los. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o Japão foi forçado ao desarmamento, incapaz de formar um exército ou construir equipamentos militares sob as ordens dos Estados Unidos. O desarmamento terminou em 1951;
  • A representação dos peixes mortos flutuando com as entranhas para fora é precisa. Peixes de águas profundas frequentemente parecem ter a língua para fora quando trazidos à superfície devido a mudanças de pressão. A bexiga natatória cheia de gás, que ajuda a controlar sua flutuabilidade em águas profundas, expande-se à medida que eles sobem, empurrando a mandíbula e a língua para a frente. Esse fenômeno, conhecido como barotrauma, causa a protrusão e dá a impressão de que a língua está para fora, quando, na verdade, é uma resposta à diferença de pressão entre o ambiente marinho profundo e a superfície. Eles esperavam que fosse assim que Godzilla encontraria seu fim;
  • Diz-se que o cruzador pesado “Takao” está retornando de Singapura, devolvido ao Japão como forma de defesa contra Godzilla, em vez de se desfazer do navio. Isso é fiel à história real do navio, já que ele ficou encalhado em Singapura com graves danos ao fim da guerra e, por fim, afundou como navio-alvo após a guerra;
  • O filme termina com a mesma nota de “Godzilla, Mothra e King Ghidorah: O Ataque dos Monstros Gigantes” (2001). Nesse filme, o coração de Godzilla ainda bate após seu corpo ser destruído;
  • Após o ataque de Godzilla ao distrito de Ginza, em Tóquio, pessoas examinam os escombros com contadores Geiger que leem a radiação dos objetos. Em um momento, elas são vistas lendo a radiação emitida pelo triciclo de uma criança — que se parece exatamente com o triciclo de Shin no “Museu da Paz de Hiroshima”. Shin estava brincando em seu triciclo quando a bomba explodiu e ficou preso nos escombros de sua casa. O triciclo no filme é visto em meio a prédios desabados;
  • Em vez de reutilizar imagens de arquivo do teste nuclear da “Operação Crossroads”, elas foram recriadas inteiramente com CGI;
  • A fúria de Godzilla no distrito de Ginza, em Tóquio, segue muitas pistas e tem referências diretas ao filme original de 1954, incluindo Godzilla mordendo um trem, destruindo o edifício Wako, causando a morte de repórteres que assistiam e a destruição do teatro Nichigeki;
  • “Yukikaze” e “Hibiki”, dois grandes contratorpedeiros envolvidos no ataque final a Godzilla deste filme, eram ambos navios existentes que sobreviveram à Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, “Yukikaze” foi entregue à República da China (atual Taiwan) e “Hibiki” à União Soviética (atual Rússia) como parte de uma compensação de guerra, ambos em 1947;
  • Godzilla tem 11 minutos de duração, o que significa que ele aparece em apenas 9% da duração do filme. Isso é 6 minutos a menos que o filme anterior, “Shin Gojira” (2016) (que teve 17 minutos em 15% da duração) e 2 minutos a mais que o “Godzilla” original (1954) (que teve 9 minutos em 9% da duração);
  • Embora o diálogo faça inúmeras referências à ocupação americana do Japão, nenhum militar americano é mostrado em Tóquio ao longo do filme. A única referência visual é indireta, quando três jovens japonesas, vestidas à moda americana, são mostradas fumando cigarros, passeando tranquilamente pela rua em 1946. Trata-se de uma referência à indústria da luz vermelha, servindo às solicitações sexuais de soldados americanos durante o período pós-ocupação;
  • O diretor Yamazaki reintroduz a origem de Godzilla como um dinossauro transformado em monstro por testes nucleares. O Godzilla original de 1954 foi modelado com base na compreensão atual de dinossauros como Tiranossauro, Estegossauro e Iguanodonte;
  • A ilha onde Koichi (Ryûnosuke Kamiki) pousa seu avião no início do filme é a Ilha Odo, uma ilha fictícia que aparece no “Godzilla” original (1954);
  • O destino de Godzilla, sendo morto por dentro por seu próprio hálito atômico, é uma homenagem ao filme de Shûsuke Kaneko, “Godzilla, Mothra e King Ghidorah: O Ataque dos Monstros Gigantes” (2001);
  • A réplica em escala 1:1 do “Shinden” foi construída e doada ao “Museu Memorial da Paz Tachiarai” em Chikuzen, Fukuoka, após a conclusão das filmagens em 2022;
  • A reviravolta com Shikishima ejetando do avião antes de jogá-lo na boca de Godzilla é estragada anteriormente se você souber ler alemão: o assento ejetável do Shinden tem uma etiqueta de advertência alemã informando sobre o mecanismo;
  • O verdadeiro “Shinden”, um raro protótipo de caça japonês do tipo “empurrador” com a hélice posicionada na traseira, não possuía sistema de ejeção para o resgate de paraquedas como neste filme. Em vez disso, considerou-se a possibilidade de soltar a hélice com explosivos antes do resgate, para a segurança do piloto, mas nenhum sistema de resgate foi testado na prática devido ao fim da guerra;
  • O “J7W Shinden” usado no filme era uma réplica em escala real de um caça experimental desenvolvido pela Marinha Japonesa como interceptador. Apenas dois protótipos foram construídos, com o primeiro voo ocorrendo em 3 de agosto de 1945, poucos dias antes do bombardeio de Hiroshima. Um dos protótipos foi destruído, o outro foi enviado aos Estados Unidos para testes e agora está sob a guarda do “Instituto Smithsoniano”;
  • Quando Koichi Shikishima olha pela primeira vez para a cabine do protótipo de caça rápido Shinden, o assento ejetável está etiquetado em alemão. Embora não tenham sido instalados assentos ejetáveis ​​no “Shinden” real de 1945, a representação de um modelo alemão é historicamente consistente, visto que apenas a Alemanha e a Suécia haviam desenvolvido assentos ejetáveis ​​até 1945, presumindo-se que um dos poucos submarinos de carga que fizeram a travessia para o Japão teria alguns;
  • O quinto filme de Godzilla em que ele não luta contra outro monstro, seguindo “Godzilla” (1954), “Gojira” (1984), “Godzilla” (1998) e “Shin Gojira” (2016);
  • Um dos rebocadores trazidos para ajudar a retirar Godzilla da água se chama “Eikomaru”. Este também foi o nome do primeiro navio destruído no filme original de Godzilla;
  • A réplica do “J7W Shinden” foi exibida no “Museu Memorial da Paz de Tachiarai” em 2022, após a conclusão das filmagens. No entanto, não foi revelado que a Toho era responsável por sua construção até o lançamento do filme;
  • O diretor Takashi Yamazaki comentou sobre o mistério do pescoço de Noriko Oishi. Perto do final do blockbuster kaiju, é revelado que a personagem de Minami Hamabe sobreviveu de alguma forma à explosão nuclear de Godzilla, que destruiu a cidade, deixando apenas uma espécie de queimadura negra no pescoço. Durante o “Godzilla Fest” em Osaka, Yamazaki informou ao público que essas marcas eram de fato células regenerativas pertencentes à criatura atômica, confirmando uma teoria dos fãs;
  • Vários tanques médios “Chi-To” são vistos tentando defender Ginza. Assim como outro veículo de destaque no filme, o “Chi-To” foi um projeto de guerra bastante tardio, com apenas alguns protótipos concluídos antes do fim da guerra;
  • A aeronave “Kyushu J7W Shinden” (“Relâmpago Magnífico”) retratada no clímax foi desenvolvida para interceptar os bombardeiros “B-29” dos EUA. Apenas dois foram construídos, com seus únicos voos ocorrendo pouco antes da rendição do Japão. O exemplar remanescente está em exposição no “Museu Nacional do Ar e do Espaço”;
  • As saudações feitas a Godzilla fazem referência a “Godzilla, Mothra e King Ghidorah: O Ataque dos Monstros Gigantes” (2001), bem como ecoam uma saudação real feita pelo capitão do contratorpedeiro japonês Yukikaze, retratado no filme, quando o “USS Johnston” (DD-557) afundou após lutar contra uma força-tarefa japonesa esmagadora na “Batalha de Samar”, em 25 de outubro de 1944;
  • O diretor Takashi Yamazaki revelou na “New York Comic Con” 2024 que seus rascunhos iniciais incluíam a morte trágica de Noriko, que morreria devido aos ferimentos que Godzilla lhe infligiu no ataque de Ginza. O plano era que a morte de Noriko intensificasse os sentimentos de culpa e perda de Koichi, proporcionando uma sensação de devastação pessoal semelhante à crise do Japão. Esse final alternativo inicialmente se alinhava ao tom sombrio do filme. A narrativa coloca Koichi em um mundo à beira da ruína, com Godzilla representando uma força de terror literal e simbólica. A morte de Noriko ressaltaria o preço cobrado daqueles que foram deixados para trás, empurrando Koichi para um espaço de desespero existencial. De fato, a cena em que Noriko parece gravemente ferida foi criada para que ela pudesse sobreviver ou perecer, dependendo da decisão final de Yamazaki. No entanto, à medida que Yamazaki começava a juntar as peças de “Minus One”, sentiu que uma conclusão mais sombria poderia ser muito sombria. Com Koichi já lutando contra a própria culpa pelas experiências de guerra, perder Noriko, além de tudo, poderia prejudicar a história mais ampla que ele queria contar. A mudança de Yamazaki para deixar Noriko sobreviver transformou seu papel de símbolo de perda em um farol de esperança. A escolha de manter Noriko viva revela a resiliência de Koichi, que agora precisa conciliar seus erros do passado com a possibilidade de um futuro, um roteiro que espelha a recuperação do Japão no pós-guerra. Em vez de apenas narrar a morte, “Godzilla Minus One” se torna uma história sobre enfrentar dificuldades inimagináveis ​​e ainda encontrar forças para seguir em frente. Para Koichi, ter Noriko viva significa ter alguém para quem retornar, fundamentando seu arco de personagem de uma forma que equilibra a desolação com um toque de otimismo. Em vez de mergulhar completamente na escuridão, o final revisado permite uma mensagem de resistência, mostrando que mesmo em meio à ruína, a vida pode — e persiste;
  • Sempre que os corpos dos peixes das profundezas sobem à superfície antes do Godzilla aparecer, é possível observar suas entranhas saltando para fora da boca como resultado da descompressão. O plano final consiste essencialmente em explorar a mesma fraqueza biológica, afundando rapidamente e puxando Godzilla das profundezas e, como qualquer outra criatura das profundezas, funciona;
  • Durante o discurso empolgante de Kenji na véspera da noite anterior à execução do plano para matar Godzilla, ele afirma como o governo japonês tratou vidas humanas de forma muito mesquinha durante a guerra, como aviões de caça sem assentos ejetores, e jura que ninguém terá que morrer na batalha contra o monstro. De fato, todos os personagens conseguem chegar ao final, com Shikishima conseguindo lançar seu avião contra o rosto de Godzilla para desferir o golpe final sem ter que morrer no processo, devido a Sosaku descobrir que o protótipo “Shinden” de fato tem um assento ejetor. Isso em si foi prenunciado quando, após Tachibana explicar o carregamento do Shinden, ele diz que há mais uma coisa sobre o avião que ele precisa saber e então a cena é cortada;
  • Shikishima aceita um emprego como caça-minas para limpar as milhares de minas marítimas da guerra ao longo da costa japonesa. O método usado consiste em dois barcos conduzidos paralelamente, com um grande cabo entre eles, que é arrastado pela água para prender as minas subaquáticas, flutuando-as, e então as minas são explodidas à distância com uma metralhadora operada por Shikishima. O plano final para matar Godzilla é basicamente uma versão ampliada da técnica de caça-minas, com dois contratorpedeiros gigantescos prendendo Godzilla com um cabo revestido com latas de gás gigantes, que rapidamente o afundam no fundo de uma trincheira oceânica e depois voltam à superfície, onde ele é finalizado por Shikishima, que o explode pilotando um avião carregado de explosivos em seu rosto.

 

Ficha técnica

 

Diretor: Takashi Yamazakoi.
Roteiro: Takashi Yamazaki, Ishirô Honda e Takeo Murata.
Produtores: Gô Abe, Shûji Abe, Minami Ichikawa, Kazuaki Kishida, Keiichiro Moriya, Hirofumi Sakurai, Hisashi Usui e Kenji Yamada.
Diretor de fotografia: Kôzô Shibasaki.
Editor: Ryûji Miyajima.
Designer de produção: Anri Jôjô.
Figurino: Aiko Mizushima.
Cabelo e maquiagem: Michio Miyauchi.
Departamento de música: Sho Ando, Tomoki Andô, Kôzô Araki, Tokyo Philharmonic Chorus, Chiai Fujikawa, Yoshitaka Fujimura, Ozren K. Glaser, Takumi Hasegawa, Takayuki Hoshi, Akira Ifukube, Hitoshi Imai, Toshitsugu Inoue, Naoki Ishiyama, Shun Itô, Masami Iwasa, Kazuhiro Kajihara, Yuto Kamei, Hikaru Koga, Tadayori Matsumoto, Takayuki Mogami, Mina Muranaka, Kôichirô Muroya, Hidehito Naka, Sayoko Narukawa, Kazutaka Naya, Kôichi Nonoshita, Mizuki Ogura, Masamichi Sasazaki, Chie Satô, Naoki Satô, Sô Shiiba, Keisuke Sumikawa, Atsushi Takahashi, Jun’ichirô Taku, Shinsuke Tomizuka, Shinpei Tsugita, Ken’ichi Tsujimoto, Yoshiyuki Uema, Shunji Yamaguchi e Reo Yoshida.
Elenco: Minami Hamabe, Ryûnosuke Kamiki, Sakura Andô, Munetaka Aoki, Hidetaka Yoshioka, Yuki Yamada, Kuranosuke Sasaki, Miou Tanaka, Yûya Endô, Sae Nagatani, Ozuno Nakamura, Saori, Kenji Mizuhashi, Ryô Ônishi, Yuki Takao, Kisuke Iida, Makoto Araki, Ippei Sasaki, Shôhei Abe, Kenji Anan, Gorô Satô, Eisuke Shinoi, Yûsuke Karita, Yoshiyo Naka, Seiji Okuda, Kiyomi Aratani, Tetsu Hirahara, Aya Sakura, Seitaro Chiba, Keisuke Fujita, Jango Yamada, Masatoshi Kihara, Keita Chiba, Akihiro Yamamoto, Tetsunori Akira, Sugisaki Schumpeter, Shota Taniguchi, Yosuke Minokawa, Masaru Yahagi, Hidehiko Yamada, Fuma Sasaki, Ryûta Dobashi, Ayane Kamoi, Sentarô Kusakabe, Shinji Nagashima, Mao Ohno, Tôta Tawaragi, Masataka Matsubara, Kunihiro Suda, Risa Miyake, Gen Shimada, Ami Kitamikado, Atomu Ito, Kisuke Inoue, Masaichi Wanibuchi, Mirai Miki, Daisho Aizawa, Yukio Tsukamoto, Tsutomu Osabe, Masato Nakano, Yôka, Yûya Ohshima, Takumi Matsui, Hirotaka Akatsuma, Shinsuke Kasai, Kôta Kawabata, Akio Nakadai, Etsuji Harada, Masayuki Yamada, Gôshû, Takumi Nishigaki, Kiyoshi Uchida, Mami Aoki, Yuho Mochinaga, Hidemasa Mase, Sho Tsuruta, Ryô Hamanaka, Mizuki Hasegawa, Yasunori Ôta, Daiki Ichikawa, Yuto Yoshikawa, Tatsuki Oguma, Hori Gomez, Mami Tokuda, Senji Nakagi, Yuji Komatsu, Kentarô Furuyama, Ikumu Shigeta, Hiroyuki Toritani, Yûko Onose, Yuta Wakabayashi, Masashi Omiya, Genki Furugen, Makoto Matsumoto, Kôya Fukuda, Daichi Abe, Atsushi Saitô e Yukihide Ueda.

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